domingo, 16 de junho de 2024

Sujeito exíguo

 O Sr. é artista? Que obras criou?

Minha obra é exígua.

E também é poeta. O que publicou?

Minha publicação é exígua.

Escritor, de quais contos e romances?

Tudo bastante exíguo.

Em que trabalha? É professor.

O trabalho é abundante!

E o salário?

Exíguo!

Por outro lado, gasto em abundância.

Sente fome?

Minha fome é enorme!

Mas minha capacidade de satisfazê-la é exígua. 

Sobre a roupa

O impacto que a roupa no corpo de alguém tem sobre as pessoas é inevitável. Não penso na roupa como moda estabelecida por um sistema industrial criando uma uniformidade estéril. Penso na roupa como indumentária do corpo, segunda pele. O impacto é tanto maior quanto for a harmonia do corpo com o que lhe veste. E não é no sentido de acentuar sua forma, mas de lhe dar uma nova forma cuja a roupa e corpo tornam-se uma coisa só.

O Universo

Minha concepção pessoal de Universo é que ele é finito, se torcendo sobre si mesmo a maneira de uma fita de Möbius, a finitude do Universo está em sua fronteira, mas o caminho é infinito.