domingo, 13 de abril de 2025

O sumo bem

Não acredito da irascibilidade do divino. Irascibilidade é uma qualidade humana. É antiga a ideia de projetar no divino as qualidades humanas. Não é preciso destruir o que o próprio humano destrói: a terra, a si mesmo e os outros. Deus é o sumo bem.

Arte e discurso ideológico

A arte sempre foi usada para difundir o discurso ideológico e ainda é, contemporaneamente mais do que nunca. Haja visto o conhecimento multidisciplinar que se construiu acerca da imagem e da arte no campo da intencionalidade e da recepção. 

terça-feira, 18 de março de 2025

sexta-feira, 7 de março de 2025

domingo, 19 de janeiro de 2025

Sobre amigos e jardins

Amigos e jardins se acabam na ilusão do acabado. Acaso algo viceja se não for bem cultivado? Jardins se refazem pelas mãos, amigos pelo encontro lado a lado.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

A relatividade do tempo da vida

O tempo é dilatado na infância. Quase tudo nessa fase é importante. Quase tudo fica na memória para a vida toda. Adulto, esquecemos do que vivemos como adultos. Por essa razão é que o tempo parece passar tão veloz. É que o tempo não é nada se nós não o inscrevermos em nossa memória através de experiências memoráveis.  

domingo, 24 de novembro de 2024

Continuidades e descontinuidades

O ancestral saber revela que a vida é mesmo feita de continuidades e descontinuidades. Enquanto algumas coisas vão ficando pelo caminho, outras tantas continuam a nos acompanhar. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

O lugar da arte

Arte sempre foi um lugar de resistência, desde quando era mágica, religiosa. Em essência não mudou, pois sempre resistiu à morte. Além disso, hoje resiste à alienação, à padronização, à moral. Arte é uma arma pacífica de resistência, como flores que saem de fuzis.



terça-feira, 1 de outubro de 2024

domingo, 22 de setembro de 2024

Sobre ostentação

Ouvi dizer que a ostentação é coisa de pobre e que o rico não ostenta ou não costuma ostentar. Porém, de forma geral, essa não é a realidade. O pobre, quando alcança ascensão social pelo ganho financeiro, usa seu dinheiro para adquirir os bens que o rico ensinou a ele que deve ter para ter a aparência do rico e exibir seu sucesso. São os objetos de distinção de classe, entre ricos e pobres. Ora, o rico sempre ostentou e ostenta. Ele faz isso exibindo grifes de roupas, carros, imóveis. O que principalmente o rico gosta de ostentar é a seu séquito de pobres que dependem dele, ou seja, ostentar o poder de classe. A diferença entre a ostentação do podre e a do rico é puramente estética, de gosto. Pois o gosto também é uma forma de distinção social. São os gostos de classe que são transmitidos e ensinados. Esses gostos dos abastados não são ensinados ao sujeito periférico. Então quando o pobre ganha dinheiro, a referência estética que ele tem é diferente. O gosto por objetos de luxo e a forma como ele os exibe é diferente. Se o pobre ostenta grossos colares de ouro, o rico ostenta um belo relógio de ouro e diamantes. É um mito a ideia de que o rico não ostenta. É um mito dizer que ostentação é coisa de pobre. Ora, em um mundo capitalista devotado ao consumo, para que afinal serviria tanto dinheiro para os espíritos pobres senão para o consumo de artigos de luxo.

domingo, 1 de setembro de 2024

A maior grandeza humana

A grandeza do ser humano reside em sua capacidade de aceitar e compreender toda, absolutamente toda, a diferença do outro. 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

As mortes do professor

É bastante provável que o professor morra em sala de aula, em pleno exercício da profissão, despido de toda humana dignidade. Senão a sala em sua forma asfixiante ela mesma o mate.  Não é mais inverossímil dizer que talvez o seu assassínio venha pelas mãos de um estudante. Por certo morrerá definhando o professor dentro do professor, até que dentro e fora já não mais se distinguam.