segunda-feira, 20 de outubro de 2025

Formas de escravidão moderna

A forma mais comum de escravidão moderna é o financiamento ou o empréstimo bancário. O rentismo pelos juros incorporado em pequenas parcelas ad eternum. Sob o verniz da legalidade, pessoas quase sempre em condições econômicas precárias são criadas como gados no pasto, trabalhando diuturnamente para saldar dívidas infinitas. O endividamento é útil ao escravagista que lucra ainda mais. 

quarta-feira, 8 de outubro de 2025

Os mal-intencionados

Nas ruas onde passam os bem-intencionados, os mal-intencionados sempre estarão, disfarçados, com os desejos daqueles a exibir na boca.

quarta-feira, 6 de agosto de 2025

A privatização do direito

 Um dos grandes problemas da política neoliberal — à qual se alinha todo o espectro da direita — é submeter os direitos fundamentais à lógica capitalista do máximo lucro com o mínimo custo. A tendência natural desse modelo é a restrição progressiva dos direitos, até sua completa corrosão. Direitos não são mercadoria a ser negociada em balcões de negócios. O direito é uma instituição fundada no ser, uma construção coletiva, fruto de longas lutas sociais e históricas. O Estado é a única representação legítima da sociedade que, por meio do parlamento, transforma essa vontade coletiva em leis. Apenas ele tem a prerrogativa de garantir, por suas instâncias, que esses direitos se realizem livres dos interesses econômicos de particulares.



terça-feira, 22 de julho de 2025

A luta de classes atual

 A dependência da classe trabalhadora em relação à burguesia, detentora do capital, é um dos pilares centrais da lógica capitalista. Para garantir a perpetuação desse domínio, a classe burguesa historicamente buscou institucionalizar essa dependência, moldando ou subvertendo leis e estruturas que impedem a emancipação da classe oprimida. Essa negação da autonomia manifesta-se na precarização da educação pública, na concentração de renda, na ausência de uma reforma agrária efetiva e na fragilização dos direitos trabalhistas.

Nesse contexto, os governos de esquerda, ao longo de sua atuação, têm proporcionado à classe trabalhadora oportunidades reais de mobilidade social, antes inimagináveis. Por meio de políticas públicas inclusivas e redistributivas, os trabalhadores passaram a acessar direitos fundamentais e a conquistar espaços historicamente negados.

Essa transformação ameaça diretamente os interesses da elite dominante, que se vê acuada diante da possibilidade de perder o controle sobre uma massa trabalhadora antes mantida em condição de dependência e subserviência. A reação da burguesia, portanto, é também uma tentativa desesperada de restaurar uma ordem em que sua hegemonia permaneça inquestionável.

domingo, 13 de abril de 2025

O sumo bem

Não acredito da irascibilidade do divino. Irascibilidade é uma qualidade humana. É antiga a ideia de projetar no divino as qualidades humanas. Não é preciso destruir o que o próprio humano destrói: a terra, a si mesmo e os outros. Deus é o sumo bem.

Arte e discurso ideológico

A arte sempre foi usada para difundir o discurso ideológico e ainda é, contemporaneamente mais do que nunca. Haja visto o conhecimento multidisciplinar que se construiu acerca da imagem e da arte no campo da intencionalidade e da recepção. 

terça-feira, 18 de março de 2025

sexta-feira, 7 de março de 2025

domingo, 19 de janeiro de 2025

Sobre amigos e jardins

Amigos e jardins se acabam na ilusão do acabado. Acaso algo viceja se não for bem cultivado? Jardins se refazem pelas mãos, amigos pelo encontro lado a lado.

sexta-feira, 27 de dezembro de 2024

A relatividade do tempo da vida

O tempo é dilatado na infância. Quase tudo nessa fase é importante. Quase tudo fica na memória para a vida toda. Adulto, esquecemos do que vivemos como adultos. Por essa razão é que o tempo parece passar tão veloz. É que o tempo não é nada se nós não o inscrevermos em nossa memória através de experiências memoráveis.  

domingo, 24 de novembro de 2024

Continuidades e descontinuidades

O ancestral saber revela que a vida é mesmo feita de continuidades e descontinuidades. Enquanto algumas coisas vão ficando pelo caminho, outras tantas continuam a nos acompanhar. 

quarta-feira, 30 de outubro de 2024

O lugar da arte

Arte sempre foi um lugar de resistência, desde quando era mágica, religiosa. Em essência não mudou, pois sempre resistiu à morte. Além disso, hoje resiste à alienação, à padronização, à moral. Arte é uma arma pacífica de resistência, como flores que saem de fuzis.



terça-feira, 1 de outubro de 2024