O olhar infantil sobre o mundo é puro e sintético, mas tende sempre para a evolução e complexidade – não é fixo, estático ou inerte. Uma obra infantilista apela para o puro e sintético das formas e sempre acaba tendo uma boa aceitação. Mas, em geral é inerte, repetindo-se à exaustão. Esse tipo de arte ganha facilmente a atenção da massa por não exigir desta maior conhecimento, consciência histórica. O esforço de conhecer é, quase sempre, dor e sofrimento para os que não estão afetivamente ligados ao objeto, ao conteúdo. É uma obra que não requer grande tempo de observação, de modo que o todo da obra é apreendido de imediato e a reação é instantânea, no nível rasteiro do entretenimento. Pode até mesmo ganhar a atenção da elite econômica e do entretenimento, que não é, necessariamente a elite intelectual. O valor monetário chama mais a atenção desses. Na obra infantilista, muito em voga entre artistas de todo o Brasil e com grande aceitação comercial, sintetiza-se a estesia pelo uso das cores e formas das mais simples, obtendo-se com tamanha redução um nivelamento que se faz por baixo. Lubrifica-se o aceite depurando-o.
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