Em nossas casas obscurecidas pela noite sem luz, sentimos o desespero que atinge o solitário e nos fazem tremer em grandes convulsões. Nossas forças são ínfimas diante da turba irascível e nossos livros são amontoados insignificantes. Percebemos, enfim, que não há e nunca houve proteção e justiça, na terra laica ou no céu cristão. Pela vidraça, das sombras de nossos aposentos, vemos os porcos chafurdarem na lama sanguínea. A barbárie é atroz e a iminência nos paralisa. Nem nossos antepassados e nem os seus santos estão aqui para nos salvar, por mais que clamemos, quando a violência espúria e odiosa chegar rendendo graças em nome de Deus.
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